Holiday
Minha prima já me pegava pelas mãos e com os pés descalços na areia saiamos a brincar e as mochilas novamente eram carregadas com nossas bagunças. Pegávamos a caixa de fósforo escondida e fazíamos comidinha com os ovos diretos do ninho, pescando na beira do açude a diversão estava garantida. Esconde-esconde no meio da plantação de milho e casinha em baixo das parreiras de maracujá.
O cheiro da terra molhada, do café torrado. De banho tomado sentávamos a beira do fogão à lenha, no pratinho o doce de leite caseiro já estava servido. Assim sucessivamente os dias iam passando e a cada dia novas descobertas, pulando cerca, subindo morro, escalando árvores... Tudo era alegria até mesmo acordar às seis horas da manhã, depois de ter ficado horas e horas de sussurros e risinhos até pegar no sono.
Dia quente de sol o banho de mangueira era indispensável, mas quando saiamos da linha os puxões de orelha não estava escape. A saudade de casa ia batendo, mas a vontade de ficar mais era maior.
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